Em suma, o texto fala sobre uma pesquisa recentemente publicada no Reino Unido e o aumento do risco de morte prematura por pacientes que são acompanhados nos cuidados primários (por exemplo: médicos de família) e recebem prescrição de determinada gama de medicamentos, nomeadamente os ansiolíticos e hipnóticos, alertando para um maior risco de morte devido ao uso prolongado principalmente de benzodiazepinas (entre outros) com aumento significativo do risco de mortalidade durante um período médio de acompanhamento de 7,6 anos. O estudo também revela falhas, como o fato de não estudarem as condições socioeconómicas dessas pessoas, para fazerem uma análise transversal dos fatores que levariam a morte prematura. Apesar de existir uma associação da morte a essas medicações, os pesquisadores não tiveram acesso a causa da morte, o que não afirma que seja devido a essa gama de medicações, entretanto, é preciso colocar em causa que a amostra e a duração do estudo são significativas, embora sejam necessários mais estudos sobre o tema e aprofundamento de variáveis pertinentes, tais como: as interações entre as formas individuais de morbidade e a vulnerabilidade às classes de medicamentos específicos.
Quem quiser ir diretamente para o estudo pode seguir o link abaixo:
Há evidências da necessidade desse tipo de medicação em diversos casos, contudo, acho extremamente importante que o médico de família e/ou psiquiatra avalie o real motivo da prescrição, antes de simplesmente prescrever esses químicos que influenciam como um todo na vida do utente. Como tudo na vida existe o lado bom e o lado mau, o que quero dizer é que há bons médicos, interessados em auxiliar e recuperar o utente e os "maus médicos" que acham que você é só mais um com depressão e que isso "passa" com alguns comprimidos. Realmente a depressão é uma doença e deve ser tratada, os comprimidos podem auxiliar na recuperação mais rápida do paciente, no entanto, possuo uma tendência a acreditar mais na cura da causa do que na cura dos sintomas, ou seja, sou adepta da psicoterapia (também) como forma de reintegração do doente na sociedade, e com a finalidade de diminuir recaídas.
Faço assim, uma co-relação com uma reportagem, que aborda esse tema tão recente, feita com base em estudos realizados pela Infarmed em Portugal, que por sua vez revela o aumento da utilização de antidepressivos, hipnóticos, estabilizadores de humor, sedativos, ansiolíticos pelos portugueses. O estudo não cruza os dados triplicados desde o ínicio da década passada com a crise financeira que o país atravessa e a troika. No entanto, se refletirmos sobre as causas maiores de insónia, ou até mesmo a depressão, são na maior parte das vezes ocasionadas por fatores emocionais, que por sua vez estão associados a outros determinantes como crises financeiras, preocupações em excesso, perda de ente querido, crises internas, rompimentos de relações, etc. Portanto, particularmente associo esse aumento também a esses inúmeros fatores, dentre eles a crise financeira que o país atravessa e atingiu tantas pessoas.Vejam abaixo a reportagem da RTP resumida:
Aumentou o consumo de antidepressivos em Portugal
Pode ter bastante.
Uma pessoa que tem uma alimentação saudável, consegue ter uma vida mais ativa e melhores funcionamentos mental e cognitivo.
Façam a prevenção, se for possível, com a alimentação, pois é possível regular o sono através de uma alimentação balanceada, do uso de chás, e principalmente do exercício físico, é importante sair da inércia e não deixar a depressão vencer a vida que ainda há para viver (atenção que não incluo aqui os casos de real necessidade do uso dessa classe de medicamentos).
Abraços nutridos,
Thaís Ramos
Nutricionista
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